Desde a deteção do primeiro caso de COVID-19 em Portugal, o comércio de proximidade tem vindo a conquistar público e regista um aumento do número de vendas. A confirmação foi avançada pelo Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira.
Devido ao novo coronavírus e às recomendações e imposições verificadas por causa desta doença, o pequeno comércio de rua está a tornar-se uma opção de abastecimento para milhares de portugueses.
"No pequeno comércio de proximidade, o consumo está a aumentar significativamente", afirmou Siza Vieira, em videoconferência realizada para avaliar o abastecimento de bens alimentares no país.
"As pessoas estão a procurar as lojas de proximidade, o que tem sido muito importante, e muitas destas estão a fazer distribuição ao domicílio, o que se tem refletido num melhor serviço à comunidade, mas também num aumento do volume de negócios", reforçou.
Com a imposição do Estado de Emergência, vários espaços comerciais estão temporariamente encerrados, no entanto, minimercados, mercearias, frutarias, talhos, peixarias, padarias e farmácias podem abrir, ainda que sujeitos a novas regras.
A generalidade destes negócios passou a aceitar encomendas à distância, com entregas em casa ou à porta do estabelecimento (em hora marcada) e a disponibilizar formas de pagamento alternativas ao manuseamento de dinheiro, como o MBWay e o Multibanco. O setor da restauração também está a adaptar-se e são cada vez mais os estabelecimentos a disponibilizar soluções delivery, take away ou drive thru.
Além do telefone, aplicações digitais como o Facebook, o WhatsApp e o Messenger estão a ser usadas para processar pedidos e encomendas, mantendo negócios e clientes conectados.
Segundo um estudo da Boutique Research, realizado em parceria com a Netquest, as compras online efetuadas em Portugal durante a quarentena passsaram a abranger novas categorias, com 22% de portugueses a afirmar que passaram a encomendar através da internet produtos que, habitualmente, eram adquiridos em loja. Entre estes destacam-se os alimentos frescos (31%), os medicamentos (29%) e a comida pronta/take-away (28%).
Para ajudar na transição para o digital, os pequenos comerciantes portugueses contam ainda, nesta fase, com o apoio do Comércio Digital, um programa da ACEPI, cofinanciado pelo Compete 2020, Portugal 2020 e EU-FEDER, que disponibiliza, por exemplo, o acesso gratuito a uma Academoa Digital com conteúdos de capacitação para colocar negócios online. Saber mais
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20.04.2020