Consumidores online em Portugal são mais sensíveis ao preço e procuram melhores negócios

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Consumidores online em Portugal são mais sensíveis ao preço e procuram melhores negócios

O número de e-shoppers regulares diminuiu face ao ano passado, mas são muito mais que no período pré-pandemia, representando quase 40% dos compradores.

 

Após um período de maiores restrições, os consumidores regressaram às lojas físicas e isso refletiu-se no ecommerce. São as conclusões para Portugal do mais recente Barómetro e-Shopper da DPD, empresa parceria do Programa Comércio Digital.

 

Segundo o estudo, 2022 foi um ano de decréscimo, com o número de consumidores online a passar para 66% da população, face aos 74% do no anterior.

 

Também os e-shoppers regulares - aqueles que compram online com maior frequência - diminuíram de 45% em 2021 para 39% em 2022, ainda que os números se mantenham acima dos valores pré-pandemia.

 

Entre os dados reunidos no relatório da DPD destaque para a estreia das plataformas C2C (consumer-to-consumer), quando cerca de metade dos consumidores online portugueses admitem comprar produtos em segunda mão, fazendo-o em média oito vezes por ano.

 

De acordo com a análise, 73% dos e-shoppers preferem comprar produtos usados em plataformas C2C, porque é mais barato do que adquirirem produtos novos. Já do lado de quem vende nestas plataformas, 73% admite fazê-lo para libertar espaço em casa, enquanto 68% referem querer desfazer-se de artigos em boas condições que nunca usou, e 65% acreditam poder ganhar dinheiro extra.

 

No que respeita ao comportamento de compra, os e-shoppers portugueses continuam a ser os mais sensíveis ao preço em relação aos restantes europeus, com sete em cada 10 a referirem o preço como um fator determinante nas suas decisões de compra. Prova disso é o facto de 65% considerarem que economizam ao comprar online, e 46% aguardarem sempre por grandes dias de desconto online ou nas lojas físicas (como a Black Friday, descontos de estação, entre outros). A sensibilidade ao preço, de acordo com o relatório, tornou-se ainda mais expressiva graças à guerra na Ucrânia e as suas consequências económicas.

 

Outro dos elementos fundamentais para os compradores é o fator sustentabilidade, sendo as alternativas de entrega amigas do ambiente importantes para seis em cada 10 e-shoppers regulares. A juntar a isso, 68% dos inquiridos referem ser mais provável optarem por um website, retalhista ou app que tenha tais opções.

 

Ao nível das categorias de consumo, o destaque vai para a Moda, Beleza/Saúde e Calçado, que em 2022 foram os tipos de bens mais comprados online, representando respetivamente 61%, 50% e 43% das compras efetuadas. Destaque ainda para a categoria dos Frescos & Bebidas, que após um elevado crescimento em 2021 (+16%), se manteve estável em 2022 com uma quota de 35% no número de consumidores.

 

Contrariamente ao ano anterior, os motivos para comprar Frescos & Bebidas online alteraram-se: a Covid-19 potenciou as compras online em 2021, enquanto que em 2022, as principais motivações foram a conveniência (65% dos consumidores tiveram a possibilidade de comprar a partir de casa e a qualquer hora) e a poupança de tempo (40% dos inquiridos gastaram menos tempo do que a deslocar-se até uma loja física).

 

De acordo com Barómetro e-Shopper 2022 da DPD, as principais razões para compras futuras de Frescos & Bebidas são a alargada variedade de escolha de produtos (58%), a disponibilidade de horários de entrega (55%) e um embalamento correto dos produtos (47%). No entanto, 65% dos e-shoppers ainda não compram produtos frescos e bebidas online. O Barómetro e-Shopper 2022 mostra-nos que as principais barreiras existentes estão relacionadas com o facto de os mesmos não conseguirem ver e escolher o produto antes da compra (38%), as dúvidas quanto à frescura e qualidade do produto (28%) e o facto de existir uma escolha mais alargada de produtos em loja (21%).

 

Já no que toca ao processo de entrega, o relatório salienta que 82% valoriza o facto de poder conhecer o período em que a sua encomenda será entregue, sendo este um fator que torna mais provável um e-shopper voltar a comprar online.

 

Nas preferências de entrega, a casa continua a ser a opção mais adotada pelos e-shoppers regulares (82%), apesar do decréscimo de dois pontos percentuais face a 2021. Já 24% das encomendas é feita fora de casa, nomeadamente em lockers, lojas de proximidade ou do retalhista. Aqui, verifica-se de 2021 para 2022, um crescimento de 2% das entregas em lockers (de 3% para 5%), e de 3% em loja do retalhista (de 12% para 15%).

 

O Barómetro e-Shopper engloba uma análise da realidade do comércio eletrónico na Europa, que conta com um total de 23,974 entrevistas em 22 países europeus. Em Portugal, o relatório contou com um total de 1000 entrevistas.

 

13.03.2023

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O Comércio Digital é um programa da ACEPI, cofinanciado pelo Compete 2020, Portugal 2020 e EU-FEDER, dirigido às micro, pequenas e médias empresas portuguesas, do setor do comércio e dos serviços de proximidade.

 

 

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